26 março 2009

Sempre haverá uma canção...



"I saw your face in a crowded place, And I don't know what to do,'Cause I'll never be with you.


Yes, she caught my eye, As we walked on by. She could see from my face that I was, Flying high, And I don't think that I'll see her again, But we shared a moment that will last till the end. You're beautiful, it's true.


There must be an angel with a smile on her face,When she thought up that I should be with you.But it's time to face the truth, I will never be with you."





James Blunt




"Sempre vai haver uma voz cantando tudo de nós."
Kid Abelha

25 março 2009

Resgate

Preciso de tempo para recuperar meus olhos. Ficaram presos no primeiro momento que te vi.
Preciso de tempo para recuperar meus ouvidos. Ainda estão lá, presos naquele riso encantador.
Preciso de tempo para recuperar meus pensamentos. Sempre estão em você.
Preciso mais um pouco de tempo para remir meu coração... Incapaz de dessentir sua presença, de abrir mão da sua doçura, de aceitar o esquecimento.
Preciso mais de mim - do antes de você - mas já não me lembro como era.

Vanessa Sezini

Vício




"O amor é feio / tem cara de vício"

Tribalistas


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Foto: O Brilho Eterno de uma mente sem Lembranças

Meu jeito Plantônico de viver

                                         
























Pensar em você é perder meu tempo. É perder um pouco do que eu sou, do que eu faço, do que eu levo comigo.
Sonhar com você é deixar de me preocupar com o que eu visto, com o que eu como, com o que eu falo.

Te imaginar é mais do que eu posso, é mais do que eu tenho, é mais do que eu devo.
Lembrar de você me traz insegurança, me aflige e às vezes me tira o sono.

Mesmo assim, penso, todo o tempo, em como você está. Tento imaginar seus diferentes jeitos de sorrir, o jeito como gesticula enquanto conversa, em como você me imagina e se imagina.
Me preocupo quando penso que você possa se interessar por uma alma que não a minha, um protótipo de gueixa talvez....

Gosto de me lembrar da sua presença, mesmo que em vultos negros. Gosto de imaginar seu cheiro (um cheiro fresco, de sabonete), seu olhar de perto (um olhar intenso, mas meigo) e o som da sua voz (uma voz engraçada).

Tento, e como tento, não me iludir. Me martirizo por uns instantes, começo a te odiar em outros desses instantes, e oro na maioria deles. Não sei o que dizer quando converso com Deus. Não sei o que pedir, quais palavras usar.

Então, na minha confusão, eu apenas agradeço. Agradeço por existir, por te conhecer e por gostar de sonhar com você, mesmo que todos os dias, mesmo que desde aquele instante, mesmo que apenas isso.

Vanessa Sezini

23 março 2009

Tudo sobre isso


Momento menor, diz a música. Instante eterno. Sentimento efêmero. Tristeza maior, sem melodia
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Coisas lindas, disse o sentimento do mundo, não ficaram. Passaram com o vento e se findaram, sem tempestade.
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O mal-me-quer eu quis sem dar por imaginar esse futuro do pretérito. Um outro fim que seria. Mas já não é.
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Inefável como nada que vi. Nada que desse graça. Feito luz quente numa manhã de inverno. Ofuscante.
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Sem ver eu fiquei por dias. Depois meses. Mais depois perdi a conta. E agora me perdi de tudo.


Por Vanessa Sezini
"Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não
fossem Ridículas".

Fernando Pessoa
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18 março 2009

O que diz o meu "se"

Se eu não te chamo pra conversar, é porque gosto da sua forma de começar um assunto.
Se eu fico calada enquanto você fala, é porque gosto de contemplar sua empolgação com a história.
Se eu fico sem graça quando você me olha, é porque tenho medo de que você não goste de mim.
Se às vezes fico em silêncio quando você me faz uma pergunta, é poque estou distraída olhando seu rosto.
E se eu respondo com outra pergunta, é porque quero aprender tudo que você sabe, conhecer tudo que você gosta.
Se às vezes eu desapareço, é porque sou paranóica e temo que você me abandone primeiro.
Se eu volto e te falo com doçura e extremo carinho, é porque me arrependi de ter sumido e também já te perdoei por - talvez - ter pensado nisso.
Se às vezes sou fria e distante, é porque não quero que você enjoe de mim.
Se eu rir muito sem motivo e começar a tremer, não é por causa do café, é por causa de você.
Se eu me calo quando você se cala, é porque gosto de imaginar no que você está pensando.

Se eu não digo o que realmente sinto por você, é porque prefiro que veja no meu silêncio, no meu riso, no meu nervosismo infantil, na minha distração voluntária, na minha loucura covarde, na minha respiração tensa, na minha timidez, no meu olhar e na minha entrega. Total. Exclusiva e Infinita.

Por Vanessa Sezini


16 março 2009

Falam e depois pensam...



É impressionante como "dizer" é algo complicado. Muitas pessoas falam, falam, mas não dizem nada. Algumas porque não tem sobre o que dizer, outras porque tem medo e preferem deixar pra lá. Existem também aquelas que se expressam mal. Ahhh... isso sim é um problema. E eu sei bem como é isso. Na verdade, sei como é tudo isso.

É tão fascinante quando descubro novos conhecimentos, novas pessoas, novos assuntos. Sinto como se bebesse todos eles. Tanto que, ás vezes, pareço perder a lucidez.
E nem sempre se trata de palavras, mas há momentos que é melhor dizer sem falar. Ruim mesmo é quando se conversa com alguém que não sabe ouvir o que não foi dito. Aí sim, é melhor deixar pra lá.
Por vezes, lastimo certas situações que vejo por aí. Na televisão, nos jornais, no rádio, na pracinha, na escola, no Pentágono, no Vaticano, no Congresso Federal... tanta gente falando, falando, acreditando que estão dizendo. Tanta gente perdendo a razão por perder oportunidades de ficar em calado. Que triste.

Há momentos que me envergonho de não ter o que dizer. Esse é o pior dos males porque todo mundo tem o que dizer, sempre. Não saber fazê-lo é outra questão. Mas eu frenquentemente penso que é melhor não dizer nada a ninguém. Acho que de tanto ouvir abobrinhas por aí me tornei medrosa.

Não quero que pareça que desprezo as opiniões das pessoas. Pelo contrário, valorizo a multiplicidade de pensamentos, as diferentes visões de mundo. Mas o que sinto é o mesmo que Rubem Alves desabafou em seu texto "Escutatória". As pessoas não dão importância ao silêncio, ao exercício de pensar sobre o que o outro fala. Na verdade ninguém ouve o que o outro fala, mas finge atenção enquanto pensa no que vai fazer à noite, no banho que tem que dá no cachorro, na morte da bezerra ou numa maneira de se opor às idéias do pobre coitado que está tentando estabelecer um diálogo. Parafraseando Rubem Alvez: "A gente não aguenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer". Ou seja, quando não se ignora o que o outro diz, faz pior, despreza.

Por isso acredito que a cautela seja um bom remédio para essa arrogância inerente a todos. A consciência de que eu não sou a dona da razão pode não me impedir de dizer tolices, mas com certeza me impedirá de enunciá-las de forma pretensiosa (Michael de Montaigne).

Depois de tanto lastimar aprendi (e ainda aprendo), com a vida, a ouvir. Do mesmo jeito que existem várias formas de não saber dizer, também existem várias maneiras de saber ouvir. O importante mesmo é ouvir mais, falar menos e não interromper enquanto outro fala, principalmente os mais velhos ( Sandra Teixeira, minha mãe). Afinal, não é o que entra pela boca do homem que contamina o homem, mas o que sai de sua boca; isto sim, contamina o homem (Jesus, no livro de Mateus). Este sim, sabia o que estava dizendo.

Por Vanessa Sezini
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13 março 2009

Minha Vida

Talvez tudo isso seja esquecido.
Talvez tudo seja sem sentido.
Cansativo.
Desconhecido.
Talvez seja o fardo que sempre terei de carregar
Como meu crime e meu castigo.

Por Vanessa Sezini


Meus sentidos e minha saudade

Minha saudade tem o gosto da noite, da irresponsabilidade.
Tem o sabor exótico de uma fruta que não se encontra mais.
Um sabor de infância...de lembrança.

Minha saudade tem o cheiro dos segredos
das brigas e das reconciliações.

Minha saudade tem o som da cachoeira
o som do riso, das brincadeiras
das conversas jogadas fora.

Minha saudade tem o verde do campo
o cinza da cidade
o azul daquela vista pra o mar.

Minha saudade tem o calor de um abraço
o frio das madrugadas na varanda
Tem a sensação da novidade.

Ela está em todos os meus sentidos
e me faz ver sentido em tudo que eu vivo.
Ela é uma música que me ajuda a entender algumas das maravilhas de existir...
cumplicidade, lealdade: amizade!

Por Vanessa Sezini
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"Para conseguir a amizade de uma pessoa digna 
é preciso desenvolvermos em nós mesmos as qualidades que naquela admiramos."
Sócrates 

10 março 2009

Onde nascem as idéias?




"A coisa mais importante é criar"
Picasso
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Onde a estrada vai...




Ando ligeiramente feliz ultimamente, a passos tímidos mas determinados pra não sei aonde.
Ando pelos cantos espreitando as possibilidades, caminhando rumo ao incógnito.
Feliz eu sigo, sorrindo e às vezes, muitas vezes, chorando. E de vez em quando alegre.
Ando pra cá e pra lá, sempre buscando sair do lugar. Mesmo que isso signifique risco.
Ando sonhando, mais que sempre e, pra ser sincera, muito. Mas não fico parada. Eu ando.
Já andei querendo desistir. Chorei muito pelos calos nos pés, pelo cansaço e também pela sede.
Mesmo que devagar, quase parando, lá vou eu!
Eu sei que só começei. E pode ser que eu tenha muito ainda que andar... ou não.
Por isso eu ando... para descobrir se existe um fim ou se a estrada termina antes de acabar.
Seja o que for eu vou gostar. Porque encontrarei peregrinos, andarilhos, atletas, estrangeiros.
Porque conhecerei todos eles, conversarei com eles e me lembrarei de todos quando estiver sozinha.
Sei que sentirei saudades de alguns, mas também sei que estarão caminhando para outro destino e eu não poderei tê-los comigo. Ficarei triste muitas vezes, muitas, muitas. Mas é assim. O meu caminho eu que devo trilhar. E eu vou gostar. Porque eu gosto de andar.

Por Vanessa Sezini


"Se alguem numa curva me convidar
eu vou lá que andar é reconhecer, olhar.
Eu preciso andar um caminho só.
Vou buscar alguém que eu nem sei quem sou."
Rodrigo Amarante
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Quando se cansa


Quanta bobagem que eu sinto. Pura Criancice. Um amontoado de idéias impossíveis, amores pouco prováveis.
Realidade negada e criação do meu mundo perfeito. Imaginar, imaginar, imaginar... é só o que eu faço, acreditando ser a melhor maneira de me proteger de decepções futuras.

Não tento fingir que está tudo bem, eu sei que a possibilidade da mágoa é maior que a da felicidade.
Tento me distrair, e por vezes me iludo, mas não me engano. Minhas situações detalhadamente planejadas nunca acontecerão, mas eu me sinto bem em pensar que sim.

Tantas vezes sofrendo por deduções, interpretações do que não foi visto e nem dito. Tanta alegria a minha volta, pessoas contentes que se entregam aos seus sonhos, realizações descritas e percebidas a olhos nus.
É tanto... mas tanto, que nem sei como, nem quando, nem por que. Triste história do final previsível. Sem final.

Por Vanessa Sezini

06 março 2009

Leve



˙·٠•● εïз...

"Seja leve como um resto de nuvem... como plumas...
sopros...
Não perca sua infinita volubilidade...
de pássaro...
e sua incálculável imperfeição...
Seja uma eterna dançarina do efêmero...
graciosamente....
sempre leve"

Vinícius de Morares, com leves alterações ^^

Em noite de Lua cheia Lobisomens e Vampiros se encontram

Aquela noite São Jorge estava folgado. A lua era absurdamente grande e brilhante.
- Tá vendo o rio?
-Tô

Sensações... e depois arrepios de frio. O lugar alto era para ficar mais perto do céu.
-Vamos fugir?
-Deste lugar baby?

Sorrisos... e depois trocas de olhares, perto demais. As frases soltas eram pra aliviar a tensão.
- Eu menti. Aqui tem um mirante sim.
- Você já foi lá?
- Claro que não! Só vai lá quem está com más intenções.

Silêncio... e depois um abraço de desculpas. O desejo tinha mais peso que a consciência.
- Quando a gente vai se ver de novo?
- Só daqui há uns três anos
- Vai demorar isso tudo não
- Espero que quando você volte eu esteja longe
- Aonde?
- Qualquer lugar



Eles se beijaram como se São Jorge não estivesse ali, espiando tudo. Era muito quente, quente ao vento frio...
- A gente tinha que colocar nossa bandeirinha aqui.
- Já imaginou se todo mundo que vir aqui colocar bandeirinhas?...Não vai ter onde pisar...

Um barulho terreno interrompe a "performance" das almas. Elas então, flutuam até a nave, de onde cada centimetro de céu é mais perfeito.
Silêncio
Beijo bom
Beijos

Carinhos viciantes em viciados... um vício perigoso... soporífico.
Estranha vontade de dormi.
Estranha vontade de querer...o querer.
Pena que só querer não basta. Tem que ser, estar, viver, ser. Tem que ter sentido, tem que fazer sentido, é preciso ser o sentido.
É preciso sentir algo a mais que o simples querer. É preciso encontrar a alma que se quer, o bem-querer,e aí então, querer e realizar o que sempre se quer... pra sempre.

Por Vanessa Sezini

03 março 2009

Ela, o céu, as estrelas e um garoto




Ainda me lembro daquelas noites de Cruzeiro do Sul. Horas na varanda escolhendo uma estrela. Era como um ritual. Ele praticamente me obrigava a estar lá, sempre às 22h30. Eu não precisava fazer nenhum pedido se eu não quisesse, também não tinha que me preocupar em conversar, cantar, sonhar ou qualquer coisa parecida. Só precisava estar ali, olhando para o céu.

É engraçado porque, normalmente, os românticos sonhadores escolhem a estrela mais bonita, memorizam sua localização exata e então se apropriam dela. Mas, para ele não podia ser assim. Toda noite tinha de ser uma estrela diferente. Ele não se satisfazia com o previsível, gostava de tentar adivinhar qual eu tinha escolhido. Mas dificilmente acertava. Acho que foi por isso que se interessou por mim.

Quando acontecia algo de caráter extraordinário que atrapalhasse nossa rotina de ver estrelas, ele me acordava no dia seguinte com uma descrição detalhada da sua noite anterior. A mensagem chegava minutos antes de o despertador começar a incomodar. A posição e o tamanho da lua não eram esquecidos em seus relatórios, como também a quantidade e densidade de nuvens. Praticamente o garoto do tempo.

Não sei por que ele gostava de fazer isso, e muito menos por que eu gostava tanto de tudo isso. Acho que pensávamos que isso nos aproximava.
Era como um contrato, uma maneira de impor lembranças, de prender esses instantes de contemplação no inconsciente do outro. Uma forma de sermos eternos na memória do outro, ou pelo menos enquanto existir estrelas. Nem mesmo a infinidade de montanhas, rios e florestas entre nós dois, podia nos fazer esquecer da saudade. Por que? Como?... Eu também não sei. Essa deve ser uma daquelas coisas que não se consegue explicar.

O que eu sei é o que eu sinto. Ainda hoje sinto. Mesmo sabendo que ele não pode mais.
Agora fico sozinha a ver estrelas. Por horas tento encontrar a que se pareça mais com ele. Sei que ele também me procura entre as pessoas do mundo. Mas também não deve ser fácil me encontrar. Lá de cima a gente fica parecendo formiga. Uma multidão de formiguinhas correndo de um lado para o outro. Trabalhando, estudando, cuidando da vida e esquecendo que ela está passando.
Passa, passa muito rápido. Tão veloz quanto uma estrela cadente. Quando nos damos conta que ela está ali, não dá mais tempo de fazer o pedido. E os desejos não se realizam.
A vida passou para ele, mas a saudade vai durar para sempre. Pelo menos enquanto existir o céu, ele existirá em mim.

Por Vanessa Sezini

Tá cá eu agora!

Abandonei o zip.net porque era muito monótono... sempre as mesmas cores, os mesmos layouts, ahhh!!! Não aguentei.

O chato é que não tem como importar os textos, mas vou apelar para o velho e bom Crtl c + Ctrl v e resolver essa questão importantíssima da minha vida.

Até a próxima postagem então...

Au Revoir