29 julho 2013

Modismo

Modismo
Coco Chanel. Foto: reprodução.

“Sou contra a moda que não dure. É o meu lado masculino. Não consigo imaginar que se jogue uma roupa fora, só porque é primavera.”
Coco Chanel


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Chanel

Coco Chanel. Foto: reprodução

"Não importa o lugar de onde você vem. O que importa é quem você é! E quem você é? Você sabe?”

Coco Chanel



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28 julho 2013

Como preencher o Application - Programa Au Pair

Minnesota MN


Sweethearts,

Hoje vou falar como foi minha experiência preenchendo o tal do application. Bom, foi uma experiência demorada. O formulário é gigante e, como eu trabalhava (ainda trabalho, na verdade), tinha apenas o período da noite ou pequenas partes do final de semana para responder as perguntas em um inglês razoável.

Além de tudo, é necessário anexar ao application as referências de trabalho com criança. Isso também levou um tempo pois, apesar de já ter experiência, eu precisei receber os formulários assinados pelos Correios, já que não moro mais na região onde vivi até os meus 22 anos de idade (leste de Minas Gerais).

O application da Cultural Care é divido em nove partes, as quais:

1. Letter to future host family
2. Hobbies
3. Personal Info
4. Qualifications
5. Childcare Experience
6. Health Info
7. Au Pair Year
8. References
9. Photos

Depois dele online ainda é preciso fazer um vídeozinho, bem simples, para mostrar em imagens o que foi dito no application.

Trocando em miúdos, as etapas do application se resumem nisto:

Etapa 1: Letter to future host family
Minha letter teve 30 linhas. Para começar a escrever estruturei a informação assim: a) comecei me apresentando, dizendo onde moro, com quem e como foi minha infância; b) em seguida falei sobre meus hobbies, minha personalidade e minha opinião geral sobre relacionamentos; c) falei a relação com a minha família; d) expliquei minha formação e o que eu quero fazer quando voltar ao Brasil; e) expliquei minha relação com crianças e falei um pouco da minha experiência; f) finalizei com os motivos que me fizeram querer seu uma Au Pair.

Etapa 2: Hobbies
As perguntas são do tipo: Você pratica algum esporte? Você gosta de música? Que tipos de atividades ao ar livre você gosta? Etc, etc, etc... Eles também pedem para descrever atividades criativas e com a família. Fui muito sincera em tudo. Não sou uma esportista, então falei sobre o que gosto de fazer para me divertir. 

Etapa 3: Personal Info
Só completar informações de contato, documentais, sobre alimentação, religião, perfil psicológico etc. 

Etapa 4: Qualifications
Perguntas sobre carteira de habilitação para dirigir, sobre natação, formação escolar e experiência profissional. 

Etapa 5: Childcare Experience
É aqui onde ficam os formulários sobre experiência com crianças. O indicado é apresentar, no mínimo, três referências. 

Etapa 6: Health Info
Perguntas sobre alergias, doenças crônicas na família etc. 
Etapa 7: Au Pair Year
Aqui é o local onde as perguntas são, digamos, profundas e reflexivas... rsrs. Algo como: por que a família deveria escolher você? Por que você quer ser uma Au Pair? O que você gostaria de fazer em seu ano como Au Pair? E quando voltar ao Brasil? É um pouco cansativo ter quer responder as mesmas coisas o tempo todo mas de um jeito diferente para não ficar chato, porém mantendo a mesma essência. Essas perguntas aparecem na entrevista com a agência, no application, na letter, no vídeo, nas entrevistas com as famílias... então é bom se acostumar. 

Etapa 8: References
Local para anexar os documentos preenchidos e assinados pelas suas referências. 

Etapa 9: Photos
Uma galeria de 20 fotos com legendas. Escolhi imagens minhas interagindo com crianças e com minha família. 

Sugiro que façam o preenchimento do application de forma muito cuidadosa e sincera, pois o trabalho é um muito grande para ter que ser refeito. 

Até o próximo post.

Best!

27 julho 2013

Meu processo para ser uma Au Pair

Minnesota


Para as sweethearts apressadinhas e ansiosas, eis o processo resumidamente:


Agência: Cultural Care
Decisão: fevereiro de 2013, apesar de ter essa ideia há um tempão.
Application online: 7 de maio de 2013
Famílias: tive contato com cinco: uma da Califórnia (mas não conversamos), uma de Washington DC (conversamos por e-mail e Skype), uma de Cambridge (nos falamos por Skype), uma de Maine (trocamos e-mail) e meu match de Minnesota (trocamos e-mail, nos falamos por Skype e telefone).
Match: 13 de julho de 2013
Visa: 23 de julho de 2013
Data embarque: prevista para 18 de agosto de 2013
Encontro com a host family:  prevista para 23 de agosto de 2013
Data de retorno: prevista para 18 de agosto de 2014
Status: OMG!

Agora, para quem quer detalhes. Porém, detalhes objetivos (se isso existir):

Final de 2012 e início de 2013: sempre quis fazer um intercâmbio, porém nessa época me veio um sentimento de urgência incontrolável. Acredito que o motivo foi a chegada dos meus 25 anos de idade (1/4 de século!). Pensei seriamente em ir para Austrália, mas fiz as contas e percebi que quatro meses lá me custariam o mesmo que um carro popular, e eu nem tenho carro. 

Vale ressaltar que minha "emocionante experiência de vida" seria e está sendo custeada por moi, logo a relação custo/benefício é de suma importância. Então, em visita a uma agência descobri que o Au Pair é um dos menos onerosos programas de intercâmbio e o que proporciona o maior período em contato com a american culture. Procurei indicações de agência e iniciei o processo. 

Curiosidade: o programa Au Pair é somente para pessoas com idade inferior a 26 anos. 

Nota: para o post não ficar grande demais vou dividi-lo em outros que virão a seguir.

Best!

26 julho 2013

Alguns infinitos são maiores do que outros

John Green


Comecei a ler este livro de forma despretensiosa. Havia terminado de ler um sobre psicologia comportamental e estava realmente a fim de algo puramente "recreativo". Encontrei-o nas prateleiras das lojas Americanas e fui convencida pela crítica do The New York Times na contracapa que dizia: "Um misto de melancolia, doçura, filosofia e diversão. Green nos mostra um amor verdadeiro... muito mais romântico que qualquer pôr do sol à beira da praia". 

"É disto que eu preciso", logo pensei. Contudo, o peso para minha decisão final de trazê-lo para casa foi  uma declaração da protagonista, também estrategicamente escrita na contracapa, que dizia:

"Não sou formada em matemática, mas sei de uma coisa: existe uma quantidade infinita de números entre 0 e 1. Tem o 0,1 e o 0,12 e o 0,112 e uma infinidade de outros. Obviamente, existe um conjunto ainda maior entre o 0 e o 2, ou entre o 0 e o 1 milhão. Alguns infinitos são maiores que outros... Há dias, muitos deles, em que fico zangada com o tamanho do meu conjunto limitado. Eu queria mais números do que provavelmente vou ter". Hazel Grace.

Gostei da reflexão sobre o infinito e então trouxe o livro da capa azul.  Durante a leitura, em poucos momentos, mais precisamente no início, me peguei pensando "Não acredito que estou lendo este livro adolescente". Mas, como insistente que sou, continuei. Ainda bem!

A história é encantadora, embora dramática e triste. Não é nenhuma obra de ficção revolucionária, mas nos faz sentir as mesmas emoções descritas no papel e isso é um grande feito. Afinal, não é qualquer um que me faz debulhar em lágrimas (a ponto de ficar com os olhos inchados) e soltar risadas em um ônibus lotado.

Digo apenas que Hazel Grace e Augustus Waters valem a pena. Principalmente pelos seus diálogos impagáveis. Para não estragar a surpresa, reproduzo abaixo apenas um trecho divertido de Hazel, cuja ideia compartilho há muitos anos:

"...mamãe insistiu que tomássemos café da manhã com o papai, embora fosse uma questão de princípio, para mim, não comer antes do sol nascer, simplesmente porque eu não era um camponês russo do século dezenove me alimentando para fortalecer antes de um dia inteiro de trabalho braçal".

Livro: A Culpa é das Estrelas
Autor: John Green
Editora: Intrínseca


22 julho 2013

Que poema de Fernando Pessoa eu sou

Fernando Pessoa. Foto: reprodução. 

O site Educar para Crescer disponibilizou um teste, desenvolvido por Fernando Segolin - professor de Literatura e Crítica Literária da PUC-SP, para descobrirmos com qual poema de qual heterônimo pessoano nos identificamos.

O meu resultado foram os três abaixo:

O Livro do Desassossego, de Bernardo Soares

“A vida é para nós o que concebemos nela. Para o rústico cujo campo próprio lhe é tudo, esse campo é um império. Para o César cujo império lhe ainda é pouco, esse império é um campo. O pobre possui um império; o grande possui um campo. Na verdade, não possuímos mais que as nossas próprias sensações; nelas, pois, que não no que elas vêem, temos que fundamentar a realidade da nossa vida.
Isto não vem a propósito de nada.

Tenho sonhado muito. Estou cansado de ter sonhado, porém não cansado de sonhar. De sonhar ninguém se cansa, porque sonhar é esquecer, e esquecer não pesa e é um sono sem sonhos em que estamos despertos. Em sonhos consegui tudo. Também tenho despertado, mas que importa? Quantos Césares fui! E os gloriosos, que mesquinhos! César, salvo da morte pela generosidade de um pirata, manda crucificar esse pirata logo que, procurando-o bem, o consegue prender. Napoleão, fazendo seu testamento em Santa Helena, deixa um legado a um facínora que tentara assinar a Wellington. Ó grandezas iguais à da alma da vizinha vesga! Ó grandes homens da cozinheira de outro mundo! Quantos Césares fui, e sonho todavia ser.
Quantos Césares fui, mas não dos reais. Fui verdadeiramente imperial enquanto sonhei, e por isso nunca fui nada. Os meus exércitos foram derrotados, mas a derrota foi fofa, e ninguém morreu. Não perdi bandeiras. Não sonhei até ao ponto do exército, onde elas aparecessem ao meu olhar em cujo sonho há esquina. Quantos Césares fui, aqui mesmo, na Rua dos Douradores. E os Césares que fui vivem ainda na minha imaginação; mas os Césares que foram estão mortos, e a Rua dos Douradores, isto é, a Realidade, não os pode conhecer.

Atiro com a caixa de fósforos, que está vazia, para o abismo que a rua é para além do parapeito da minha janela alta sem sacada. Ergo-me na cadeira e escuto. Nitidamente, como se significasse qualquer coisa, a caixa de fósforos vazia soa na rua que se me declara deserta. Não há mais som nenhum, salvo os da cidade inteira. Sim, os da cidade dum domingo inteiro – tantos, sem se entenderem, e todos certos.
Quão pouco, no mundo real, forma o suporte das melhores meditações. O ter chegado tarde para almoçar, o terem-se acabado os fósforos, o ter eu atirado, individualmente, a caixa para a rua, mal disposto por ter comido fora de horas, ser domingo a promessa aérea de um poente mau, o não ser ninguém no mundo, e toda a metafísica.
Mas quantos Césares fui!”
(27/06/1930; em “Livro do Desassossego”)

O poeta Fernando Pessoa tinha uma atração peculiar por Bernardo Soares. Para início de conversa, ele o classificava de semi-heterônimo porque: “não sendo a personalidade a minha, é, não diferente da minha, mas uma simples mutilação dela”. Ou ainda: “Sou eu menos o raciocínio e a afetividade.” É importante destacar que foi por meio de Bernardo Soares, autor de “O Livro do Desassossego”, espécie de diário em prosa poética escrito a partir de 1914 que o poeta Fernando Pessoa mais sinceramente falou de si mesmo. 

Boca Roxa e Sim, Ricardo Reis

“Bocas roxas de vinho,
Testas brancas sob rosas,
Nus, brancos antebraços
Deixados sobre a mesa;

Tal seja, Lídia, o quadro
Em que fiquemos, mudos,
Eternamente inscritos
Na consciência dos deuses.

Antes isto que a vida
Como os homens a vivem
Cheia da negra poeira
Que erguem das estradas.

Só os deuses socorrem
Com seu exemplo aqueles
Que nada mais pretendem
Que ir no rio das coisas.
(“Bocas Roxas”, 08/1915)

e

“Sim, sei bem
Que nunca serei alguém.
Sei de sobra
Que nunca terei uma obra.
Sei, enfim,
Que nunca saberei de mim.
Sim, mas agora,
Enquanto dura esta hora,
Este luar, estes ramos,
Esta paz em que estamos,
Deixem-me crer
O que nunca poderei ser.”

(“Sim”; 07/1931)

Ricardo Reis é o poeta clássico, de formação católica rígida e monarquista. Entre os heterônimos, tem o temperamento mais “certinho”. Sua poesia transpira fatalismo, de quem se sente marcado pelo fado antes mesmo do nascer. Por isso, acredita Reis, o melhor a fazer é aceitar o que acontece e levar a vida sem grandes alegrias, nem tristezas, evitando as paixões, porque elas passam e causam sofrimento.

Apontamento, Álvaro de Campos

“A minha alma partiu-se como um vaso vazio.
Caiu pela escada excessivamente abaixo.
Caiu das mãos da criada descuidada.
Caiu, fez-se em mais pedaços do que havia loiça no vaso.

Asneira? Impossível? Sei lá!
Tenho mais sensações do que tinha quando me sentia eu.
Sou um espalhamento de cacos sobre um capacho por sacudir.

Fiz barulho na queda como um vaso que se partia.
Os deuses que há debruçam-se do parapeito da escada.
E fitam os cacos que a criada deles fez de mim.

Não se zanguem com ela.
São tolerantes com ela.
O que era eu um vaso vazio?

Olham os cacos absurdamente conscientes,
Mas conscientes de si mesmo, não conscientes deles.
Olham e sorriem.
Sorriem tolerantes à criada involuntária.

Alastra a grande escadaria atapetada de estrelas.
Um caco brilha, virado do exterior lustroso, entre os astros.
A minha obra? A minha alma principal? A minha vida?
Um caco.
E os deuses olham-o especialmente, pois não sabem por que ficou ali.
(“Apontamento”; 1929)


Cosmopolita, trilíngue (inglês e francês, além do português natal), alma andarilha, Álvaro de Campos é o oposto de Caeiro. Gosta das máquinas e engrenagens e das sensações da grande cidade – esse é o seu lado eufórico. Mas também é o heterônimo de Pessoa que mais se desiludiu com a própria poesia, admitindo que tudo o que escreveu não passou de palavras, ilusão.

Amor científico


"Amor...
Uma propriedade emergente de reações químicas complexas que ocorre no sistema límbico.
Portanto...
Deixe seu coração em paz.
Ele apenas bombeia sangue".

Banner maravilhoso que peguei desta página no Facebook. 

20 julho 2013

Escola Bíblica de Férias

Hoje participei como voluntária da Escola Bíblica de Férias (EBF) da 1ª Igreja Presbiteriana de Samambaia Sul, Distrito Federal. Me lembrei de quando era criança e participava das EBFs na minha igreja em Ferruginha, Minas Gerais. De quando, mesmo criança, gostava de sair com minha amiga Andrea pelas ruas da vila para evangelizar. Me veio à cabeça a importância que é "ensinar à criança o caminho em que deve andar" e como esses ensinamentos fizeram e fazem diferença na minha vida. Mesmo depois de tantos caminhos percorridos, tantas histórias vividas, tantas fases superadas e alguma idade e quilinhos a mais, minhas recordações são nítidas em imagem e som, como se tudo tivesse acontecido há poucos meses.

Agradeço a Deus por ter me proporcionado uma infância rica em aprendizado bíblico, principalmente sobre a importância de amar a Ele sobre todas as coisas e ao próximo como a mim mesmo. Ainda que hoje não entendam, essas crianças irão crescer e olhar com carinho para esse precioso tempo vivido na melhor época da vida.



Cama elástica

criança na cama elástica

Não tem fotos dos momentos de cânticos e estudo bíblico porque eu estava muito entretida participando de tudo :) 



15 julho 2013

Manifestação Pacífica em Brasília

Dia de final da Copa das Confederações, 26 de junho de 2013, quando alguns se reuniram na Esplanada dos Ministérios em Brasília, Brasil, para uma manifestação pacífica pedindo respeito, educação de verdade, saúde de verdade e reforma política.

Ordem no Congresso
Congresso Nacional Brasileiro
Déjà vu

Manifestação
Geração Y

V de Vinagre 

#SemFiltro

Hipsters da capital 


Como diria a minha vó: "É isto". 


Nunca vi tanta PM reunida num lugar só 

"Caminhando e cantando seguindo a canção"


Nota: o programa online usado para edição das imagens é o Pixlr Express.