02 dezembro 2014

Breve reflexão sobre a guerra

Todos já ouvimos falar de Wikileaks alguma vez. Eu, particularmente, confundia todas as notícias e achava que Edward Snowden usou o Wikileaks para divulgar as informações secretas sobre a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, a NSA. Mas, não é nada disso.

Embora Snowden e Julian Assange (fundador do Wikileaks) tenham colaborado para a difusão massiva de informação secretas do governo americano, a estratégia de Snowden foi entregar o material diretamente aos mais importantes representantes da imprensa mundial e não via Wikileaks. Para entender melhor essa relação consulte o PSafe Blog.

O que vale ressaltar é que, enquanto o alvo de Snowden foram as informações escondidas pelos EUA, o objetivo do Wikileaks é tornar pública toda informação escondida por governos e organizações em todo o mundo. Eles não são dessas organizações anti-estadunidenses cuja razão de ser é lutar contra o imperialismo do Tio Sam e blá-blá-blá. Mas, caso possuam em mãos documentos americanos que julgam ser importantes para conhecimento público, eles divulgam. 

Foi o que aconteceu quando liberaram as chocantes imagens de um ataque de helicóptero onde soldados americanos atiram e matam civis, incluindo crianças, e jornalistas em Bagdá. Crimes de guerra acontecem, mas são escondidos das sociedades que voluntariamente, ou não, patrocinam as guerras. Não existem mocinhos ou vilões do ponto de vista "matar ou morrer", afinal esse é o lado pragmático de uma guerra, mas existem sim os culpados das mortes gratuitas de inofensivos. O que poderia uma criança fazer contra um exército? Pode um jornalista no exercício legítimo de sua profissão ser abatido no meio da rua enquanto trabalha?  Ou pode ser usado como refém e, depois, executado sumariamente como um aviso ou vingança, a exemplo do que foi feito pelo Estado Islâmico?. 

Enfim,todos os países lutam por interesses próprios e existem milhões de discussões sobre guerras legítimas ou não. Mas, vivemos em uma sociedade do século 21, com acesso à tecnologia que nos permite conhecer histórias de outras civilizações que deveriam nos ensinar algo, sobretudo como lidar com direitos humanos e civis em uma guerra. 

Esse post meio misturado sobre Wikileaks e Guerra é fruto das reflexões que tive depois que assisti o documentário WikiRebels, disponível no YouTube. O vídeo segue abaixo para quem se interessar. É possível habilitar legendas em inglês e acredito ter versões com legendas em PT também.


27 novembro 2014

O casal desconhecido, a fotografia, o pôr do sol e a saudade

Ah, o amor...

Não contei, mas algo mágico aconteceu comigo durante meu projeto de voluntariado nos EUA. Enquanto passeávamos no, by the way, super divertido City Museum de Saint Luis (Missouri), eu avistei um casal em um momento ultra-romântico: beijo ao pôr do sol em um dos pontos mais altos do museu. #muitoamor 

A golden hour estava maravilhosa, meio laranja com azul marinho, e o casal estava sentado dentro de uma grande escultura aberta, feita de metal dobrado como se fossem finos arames. Há uma escada dentro da escultura onde é possível escalar até o topo e apreciar o belo sunsent

Nessa hora, eu e meus amigos estávamos um pouco cansados de tanto escalar e escorregar (o museu é muito fun, mesmo!) e, portanto, resolvemos ir brincar na roda gigante que - sério!- fica no teto do prédio. No meio do caminho, entre uma fotografia e outra, tive a sorte de apontar a câmera do meu celular para a tal escultura onde o casal estava. 

Não acreditei quando comecei a fotografar. O momento era tão lindo que praticamente fiz uma sequência de cada abraço e carícia... Desejei muito ter levado minha câmera para fazer umas fotos mais decentes. 

Quando mostrei as fotos para meus amigos, um deles disse que seria legal se eu pudesse mostrar as fotos para o casal. Então pensei: se fosse eu no lugar da namorada, adoraria ver e guardar essas fotos. Foi então que decidi ignorar meu acanhamento típico e ir atrás do casal. Fiquei parada na saída da pequena ponte de metal que ligava os escorregadores à escultura onde eles estavam. Por algum motivo foi fácil reconhecê-los, especialmente a moça. 

Caminhei em direção a ela com meu inglês ininteligível e perguntei: 

- Were you guys up there a few minutes ago? E ela respondeu como quem se perguntava o motivo do meu interesse: 
- Yeah... 

Comecei a explicar que havia fotografado o romântico beijo deles e perguntei se queriam ver. Ela rapidamente disse "Suuure". Quando mostrei ela ficou meio sem graça, vermelha, mas feliz. O rapaz me agradeceu várias vezes: 

- Oh, that was so nice of you! Thank you so much for showing us this, I really appreciate it! 
Então ela me passou o número do telefone dela para que eu pudesse enviar a foto. Muito fofos!!! 

Eu me senti muito bem com tudo isso. Era um momento cheio de emoções na minha vida: estava aproveitando o ultimo mês nos EUA, realizando o sonho de um voluntariado internacional, sentindo muitas saudades da minha Anninha (a baby de quem eu cuidava), e muito animada por, em breve, poder rever minha família e meu namorado. 

Por alguns instantes desejei que fosse meu namorado e eu naquela escultura, nos beijando ao pôr do sol do Midwest estadunidense. Senti vontade de chorar. A saudade naquele ponto já estava difícil de disfarçar.  

O legal do fim dessa história é que a moça me confidenciou (por SMS) que aquele havia sido o primeiro beijo do casal. Eles estavam tendo um encontro que se tornou um namoro oficial depois daquele dia. Claro que não foram minhas fotografias que fizeram isso, mas gosto de pensar que deram um toque mágico e uma sensação de "acontece com poucos".... Afinal, quantas pessoas no mundo puderam ter seu primeiro beijo fotografado ao pôr do sol, no topo de uma escultura em um museu e por uma desconhecida estrangeira? 

Summer love
Esse moço tem meu respeito

Summer love
Ela estava refletindo se devia acreditar nas promessas de amor dele... E se devia desperdiçar a oportunidade de viver algo tão romântico #tôviajando 

Summer love
Cheguei a pensar se eles achariam que eu estava espionando, o que de fato estava, mas tudo fiz pelo amor ao amor


Saint Louis

21 novembro 2014

Congresso em Marketing Rural

Muito amor por esse conceito de Marketing Rural... 

O Marketing voltado para o agronegócio e o campo está se fortalecendo cada vez mais, inclusive no meio científico. Os congressos nacionais e internacionais voltados para a discussão de subtemas do guarda-chuva do MKT Rural estão se consolidando como fonte de boas pesquisas e discussões. E isso é fantástico!

A 11ª edição do Congresso Brasileiro de Marketing Rural e Agronegócio promovido pela ABMR&A irá acontecer dia 24 de novembro em São Paulo. Os temas são superinteressantes, take a look:






Mais informações no site do evento AQUI.

18 novembro 2014

Resumo do livro Seis questões fundamentais da comunicação organizacional estratégica em rede

Compartilho meu resumo do livro Seis questões fundamentais da comunicação organizacional estratégica em rede, escrito pelo professor da Universidade Federal do Espírito Santo, José Antônio Martinuzzo.

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O autor José Antônio Martinuzzo em seu livro Seis questões fundamentais da comunicação organizacional estratégica em rede, Editora Mauad, 2013, usa o clássico modelo do lead jornalístico para nos conduzir, de maneira objetiva, a conhecer os aspectos relevantes do cotidiano da comunicação organizacional praticada atualmente. O livro busca, como mencionado no prefácio, ser um guia prático para os profissionais e estudantes da área e nessa perspectiva responde às perguntas O que? Por que? Como? Quem? Onde? Quando? enquanto costura conceitos e temas para promover o entendimento holístico de uma atividade que é, por natureza, multidisciplinar e integra horizontalmente as ferramentas da comunicação de marketing: publicidade e propaganda, jornalismo e relações públicas. 

No primeiro capítulo o autor responde à pergunta O que? ao perpassar definições sobre: a comunicação nas organizações, a imagem como percepção da identidade, o posicionamento e o poder até chegar a uma lista com treze potenciais barreiras aos processos de comunicação configuradas no comportamento e no ambiente organizacional. Ele defende a atuação direta dos gestores da comunicação em nível estratégico junto à diretoria, na construção das decisões que orientam à instituição; além de respaldar as atividades do setor em recursos financeiros expressivos, debates e processamentos prioritários para uma comunicação efetiva junto aos públicos de interesse.

Para responder o Por que? dos esforços de comunicação, Martinuzzo evoca os conceitos de midiatização que sugerem a rede midiática como base para a referenciação da realidade e afirmam a marginalização e incapacidade de exercer poder dos que ficam de fora. A máxima de que “produzir-se comunicacionalmente equivale a existir”, aliada a um mercado disputado e cheio de consumidores cada vez mais conscientes, cria um ambiente saturado de informações de empresas que buscam aproximação e relacionamento com o público.

Na análise do Como? foi destacada a necessidade primária de estabelecer métodos e estratégias para a operação da comunicação organizacional. O autor propõe o conceito de Comunicação Organizacional Estratégica em Rede (Coer) que se divide em dois grandes escopos: institucional (comunicação interna e externa) e mercadológico. Esse paradigma fomenta o uso de organograma e de divisão de tarefas articuladas e integradas, porém não exclui a possibilidade de empresas trabalharem a comunicação de maneira mais pragmática e direta, mas alerta sobre riscos como desarticulação, incoerência e desperdício de recursos. São onze ferramentas “básicas” destacadas pelo autor; seis ferramentas em Comunicação Institucional Interna; nove de Comunicação Institucional Externa e oito de Comunicação Mercadológica, além de sugestões de planos de comunicação e contingência de crise.

Na questão Quem?, o autor enfatiza o caráter multidisciplinar do comunicador. O responsável pela comunicação deve ser alguém com visão completa dos diferentes processos comunicacionais, além de inovador, resoluto, dinâmico e inspirador. Deve ser ético e produzir a imagem da instituição com devoção à verdade factual identitária da mesma. Na explicação sobre Onde?, Martinuzzo consolida a sociedade em rede como o local efetivo das trocas comunicacionais transmidiáticas e dialógicas, considerando que os pilares somos nós interconectados por meios, tanto digitais, quanto analógicos. E, finalmente, em Quando?, conclui-se o que autor chama de óbvio: o quando é sempre e ininterruptamente.

Uma breve reflexão sobre a aplicação desses conceitos na prática

Ao trazer os pontos de vista do autor para minha realidade percebida, posso concordar com diversos argumentos, em particular, o da multidisciplinaridade sinérgica na comunicação empresarial. Mesmo sendo responsável pelas atividades de Assessoria de Imprensa e Comunicação On-line, preciso atuar integrada aos trabalhos de Publicidade e Relações Públicas, pois isso me é demandado pela estratégia de Marketing e gera resultados positivos na conclusão de cada projeto.

Share 2014 em Brasília



Mais um evento para os comunicadores digitais! O Share 2014 é cheio de articuladores antenados que vão falar sobre os dilemas e insights nesse mundo lindo que gira online. A próxima edição vai acontecer no UniCEUB em Brasília, com 30% de desconto para os estudantes do centro universitário. O Share é organizado pelo site Papo de Marketeiro.

Visite o Hotsite do evento AQUI



13 novembro 2014

Outono em Chicago

Já estou no Brasil há quase dois meses e, finalmente, os pensamentos saudosistas chegaram. Me refiro aos pensamentos sobre viagens e não à saudade que sinto todos os dias da minha princesinha (minha host kid). 

Enquanto revia minhas fotos na América, me deparei com estas de Chicago. Estive lá no outono passado (2013)  e a cidade estava ainda mais linda que o normal, com todas aquelas cores quentes nas árvores. Visitei a cidade uma vez, mas também passei por lá quando voltava de Missouri para Minnesota. Nessa última oportunidade, fiz questão de dar uma voltinha no centro enquanto estava de layover. Isso aconteceu dias antes de voltar pro Brasil, foi uma espécie de nostálgica despedida. 


Jay Pritzker Pavilion ao amanhacer
A Eternal Flame de Chicago que aquece os pombos quando o frio aperta

The Crown Fountain representa as pesssoas de Chicago. Foi criada por um artista espanhol chamado Jaume Plensa.
O impacto dessa obra à ceu aberto, bem no cento do Millenium Park, é algo para se lembrar.

Sculptures
Essas esculturas andróginas fazem parte da obra "Borders" de um artista islandês. Elas ficaram expostas no Grant Park entre Summer 2013 e Spring 2014.

Majestosa arquitetura e decoração do Chicago Cultural Center

"Uma biblioteca implica um ato de fé em que gerações, ainda em escuridão, esconde sinais em suas noites, em testemunhas de amanhecer". 

Wrigley Square - Millennium Park

Prédios na orla do Chicago River

Passeando à noite no centro da cidade. Na foto à direita estou em frente ao famoso Chicago Theatre. 


Chicago Theatre

Chicago é uma exposição de arte ao ar livre. Em qualquer rua do centro da cidade é possível se esbarrar em uma obra, inclusive de artistas badalados como Pablo Picasso. Essa escultura da foto é de Jean Dubuffet e se chama Standing Beast.

11 novembro 2014

Prêmio para Comunicação Digital

Prêmio para ações digitais

Acabei de receber no meu e-mail algumas informações sobre o Pêmio Pororoca para projetos digitais. Esse ano será a segunda edição do prêmio que é organizado pela Associação Brasileira das Agências Digitais e tem o apoio de organizações como a FENAPRO e a Associação dos Profissionais da Propaganda.

As inscrições infelizmente vão só até dia 14 de novembro. Tá pertinho, mas ainda em tempo colocar seu case pra concorrer. As categorias são:
  • PROMO E ATIVAÇÃO
  • MARKETING DIRETO
  • MOBILE
  • INOVAÇÃO
  • INTERFACES
  • MIDIA SOCIAL
  • MIDIA
  • CAMPANHA INTEGRADA
Bem legal, né? 

04 novembro 2014

O Novo Homem Brasileiro

Eu simplesmente AMEI essa pesquisa da Abril sobre o perfil do novo homem brasileiro. Acho que o motivo disso é o resultado :)

Tenho observado muito os diferentes perfis de homem nos últimos meses. Acredito que o fato de ter vivido um ano nos Estados Unidos estimulou essa reflexão, principalmente por ter conversado com homens de diferentes nacionalidades, idades e culturas. A comparação é inevitável e surpreende tanto positiva, quanto negativamente.

Pretendo escrever mais sobre isso, mas por enquanto vou deixar o vídeo e a pesquisa completa com vocês para que se divirtam também.

 

Visite o site AQUI

Fórum de Marketing Digital em Brasília

A Digitalks não morreu. A empresa segue firme com seus cursos, divulgação de conteúdo e organização de eventos sobre comunicação digital.

O próximo em Brasília será dia 13 de novembro. A agenda parece abordar questões interessantes desse universo, saindo um pouco do exaustante lugar comum do MKT Digital.

Informações completas sobre inscrição, palestrantes, valores (sempre salgados) clique AQUI.


03 novembro 2014

Intercâmbio jornalístico na Espanha

Informação maravilhosa repassada pelo Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal:

Oportunidade

Latino-americanos com menos de 33 anos, formação em jornalismo ou comunicação social e cinco anos de experiência profissional podem concorrer a este programa.

O Instituto Iberoamericano para as Ciências Sociais da Espanha convida inscrições ao III Curso IBERIS, em que 16 profissionais de comunicação da América Latina estudarão durante cinco meses em Madri e realizarão uma prática profissional em um veículo jornalístico espanhol.

O curso tem como foco a realidade sociopolítica, econômica e histórica da Espanha e os desafios das instituições da União Europeia.

A bolsa cobre a matrícula do curso, passagens de avião, seguro médico e oferece mais 5 mil euros.

As inscrições vão até 14 de novembro.
Para mais informação (em espanhol), veja aqui http://www.cursoiberis.com/
Fonte: Rede de Jornalistas Internacionais


jornalistas na Espanha

02 novembro 2014

The Great Gatsby, o Grande

Sim, meus caros... Só agora tive o deleite de assistir o filme The Great Gatsby e ainda estou tentando entender a razão de tanta demora. Naturalmente esse é o tipo de filme que chama a minha atenção facilmente. Mas, arrependimentos à parte, me sinto grata por ter finalmente apreciado esse espetáculo.

Sem exageros, e me expressando como leiga que sou nas ciência das artes, essa peça tem a combinação mágica de uma obra-prima: que estória, que trilha sonora, que produção visual, que figurino, que atores!

A roteiro é baseado na novela homônima de F. Scott Fitzgerald. O diretor foi o mesmo de Moulin Rouge. A trilha sonora foi produzida - acreditem - por Jay-Z (o marido da Beyoncé) e é estimulante. Tenho lido severas críticas sobre a soundtrack do ex-rapper, mas eu achei que deixou o filme com uma aura mais moderna e sensual, sem prejudicar em nada a vibe anos 20 da estória. É estimulante quando Lana Del Rey começa a perguntar "will you still love when I'm no longer young and beautiful?", ou quando o garoto toca jazz na sacada do prédio.

E o Leobardo DiCaprio? Ahhh... estava com saudades de vê-lo interpretando um mocinho, jovial, sonhador e lindo. Me lembrou um pouco do Jack (e não é só por conta da cena da piscina). 



E como o filme é baseado em livro, tem sempre ótimas quotes. Como esta dita pelo personagem de Tobey Maguire (antigo homem-aranha). 

In my younger and more vulnerable years, my father gave me some advice. "Always try to see the best in people," he would say. As a consequence, I'm inclined to reserve all judgements. But even I have a limit.
Em meus jovens e mais vulneráveis anos, meu pai me deu um conselho. "Sempre tente ver o melhor nas pessoas", ele disse. Como consequência, eu sou inclinado a evitar julgamentos. Mas mesmo eu tenho meus limites. (Tradução livre).

Seria uma injustiça não mencionar Carey Mulligan que interpretou a patricinha-mimada-fútil, que deixa todos nós com muita raiva e que às vezes me lembra a Natalie Portman.

Encontre o filme no Facebook AQUI


31 outubro 2014

Música do Dia - Hold on we're going home, Drake

Gente, preciso começar a escrever sobre os canais do YouTube que mais gosto. Eles me trazem gratas surpresas e até entretenimento educativo. Ultimamente tenho usado mais YouTube e Instagram para me divertir no celular e tenho percebido que os benefícios são inúmeros se comparados com o Facebook e até Twitter (mas zero se comparados com a companhia de seres humanos, porém isso não vem ao caso agora).

Indo direto ao assunto do post, a música do dia já deve ser antiguinha para a maioria de vocês, mas é nova para mim. Não conheço o Drake porque tenho uma certa resistência a ouvir esses pop/rap estadunidenses porque são muito iguais e a repetição faz minha cabeça doer, mas simpatizei com esse cara por causa dessa música. Hold on we are going home é charmosa e fofa ao mesmo tempo. Dá vontade de girar pela sala com um frasco de antitranspirante fingindo que sou cantora. 

Vou postar a versão do Jona Selle (outro que merece um post dedicado) porque é ainda mais "wow". 


27 outubro 2014

Sobre a liberdade de pensamento

inteligência

"Cuidado para não chamar de inteligentes apenas aqueles que pensam como você".
Ugo Ojetti - Escritor e jornalista italiano. 

Hoje é segunda-feira. Um dia depois de Dilma Rousseff ser reeleita presidente do Brasil. Essa eleição está repercutindo internacionalmente como a mais disputada da História da democracia brasileira. Jornalistas "orientados pela direção" não param de repetir na televisão que o "o país está dividido". Nas redes sociais o nível está mais baixo que o volume de água no Cantareira. Pessoas dizendo que vão de mudar para Miami. Que o povo merece morrer na miséria. Ataques racistas aos nordestinos e coisas do tipo. Novamente a histeria do brasileiro que não deve durar três meses, como de costume. Eles não vêem que essa eleição é um dos primeiros sinais de que a nossa democracia está amadurecendo. As pessoas estão fazendo escolhas mais analíticas que outrora. E isso é bom.
A presidente Dilma terá mais uma chance. Uma chance com duração de quatro anos para executar seus projetos. Cabe à oposição exercer seu papel: investigar, vigiar, propor melhorias, aprovar o que for bom para o país. E que o congresso e o senado se sintam vigiados pela sociedade: a parte azul, a parte vermelha e os neutros. E que nossa democracia caminhe a passos largos para a efetiva participação cidadã.

15 outubro 2014

Estude na França



Ontem na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia eu visitei o stand da União Européia. Lá encontrei várias informações interessantes, mas trouxe pra casa o folder sobre a Campus France. Então, seguem abaixo algumas informações úteis para quem quer passar um tempinho na terra do "oui".

Guia de orientação passo a passo para estudar na França:

Clique AQUI para acessar o site da Campus France.

1- Encontre seu curso (graduação, mestrado, especialização ou doutorado.
2- Prepare sua candidatura (verifique os pré-requisitos para se candidatar no curso que deseja).
3- Caso necessário, faça um dos testes oficiais do francês. Na Aliança Francesa é possível fazer os testes oficiais exigidos pelas universidades.
4- Inscreva-se no Campus France (uma vez definido o seu projeto de estudo, crie seu dossiê eletrônico no site).
5- Solicite seu visto de estudante (após o aceite da instituição).

Caso aprovado é só começar a preparar sua viagem.

Acompanhe os editais do Ciência Sem Fronteiras aqui. 

14 outubro 2014

Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em Brasília

Hoje tive o prazer de visitar a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, no Pavilhão do Parque da Cidade, em Brasília. Essa foi minha primeira visita a uma feira de ciência e tecnologia e eu fiquei encantada com a qualidade e diversidade de conhecimento exposto nas dezenas de stands.

No stand do Senac, um jovem estudante prontamente se dispôs a me explicar as soluções de mobilidade urbana desenvolvidas por ele e seus colegas, além da proposta chinesa - o TBS.

Já na área da Capes a diversão foi explorar os "brinquedos" científicos, como o túnel infinito, cérebro e diversas partes do corpo humano em tamanho gigante, globo de plasma e um monte de outras coisas.

As forças armadas estavam todas lá. O Exército com seus impressionantes carros de guerra; a Marinha com seu uniforme branquinho e sua réplica super legal da Estação Antártica Comandante Ferraz; e a Força Aérea com seu "ar de sofisticação" e seu girotec (simulador de gravidade zero).

Passei um pouquinho na maioria dos stands. Ganhei o livro Gestão da Inovação Tecnológica na área da ABIPTI; tive um papo bem interessante na Embrapa sobre o melhoramento genético do maracujá do cerrado e de mandioca com licopeno. Outra conversa igualmente proveitosa aconteceu no Ministério da Integração Nacional sobre ossadas de um bicho-preguiça gigante descobertas nas escavações do projeto de integração do Rio São Francisco. Enfim, totalmente recomendável uma passadinha lá. Até porque a entrada é franca e ainda tem ônibus free da rodoviária do Plano Piloto.

marinha
Réplica da base brasileira na Antártida 

ouvido gigante
Ouvido gigante no stand da Capes

globo de plasma
Globo de Plasma no stand da Capes

06 outubro 2014

Notas sobre auto-análise, mapas e América do Sul

Globe


Sonhos são feitos de tentativas. De ir por impulso depois de pesquisar, analisar, desistir e insistir. Não sei como eles nascem, só percebo quando estão feitos, com forma, cor, cheiro e música... Insistindo para serem realizados.

Não me dou conta quando estou vivendo um deles, porque nunca parecem possíveis antes. E depois de serem, parecem um milagre. Algo não realizado por mim ou por meus esforços, porque não pareço capaz. Continuo a mesma. Mesmo depois das experiências, das memórias, das vidas que encontrei, dos lugares que visitei, dos silêncios que escutei, ainda sou apenas eu. Um eu melhorado, obviamente. Um eu deslumbrado com o tamanho do mundo que existe em um jardim. Mas ainda assim eu. Isso é interessante: perceber que no olho do furacão, parte da paisagem permanece no mesmo lugar. Vir de onde eu vim, ser o que me ensinaram. Eu mudo o tempo todo, mas, quando olho pra trás, eu sou a mesma.

Não há nada mais humanamente belo do que trocar ideias com alguém que eu nunca iria conhecer. Alguém que não vive no mesmo hemisfério, no mesmo lado do principal meridiano. Alguém que não escreve com os mesmos caracteres que eu. Alguém que não sabe nada sobre mim ou quase nada sobre meu país. Alguém que por alguns instantes é meu amigo, confidente, colega de aventuras, "rival" numa discussão. Alguém que provavelmente não verei nunca mais. Me sinto despertada. Com vontade de não parar nunca de conhecer. De deixar o novo me encontrar e me cativar. De ser um bom ser humano para outro.

É tão bom olhar o mapa mundi e me lembrar de amigos. Engraçado como hoje olho o mapa com afeto e não apenas com curiosidade como outrora. O mundo parece tão acessível e fácil quando se olha o mapa. Cartagena é tão perto de Miami. Parece ser possível cruzar a América do Sul em uma motocicleta em apenas poucos dias. Me pego pensando quanto tempo levaria de Caracas à San Juan ou Roseau ou Santo Domingo. Apenas algumas horas. Se saíssemos pela manhã de navio, talvez chegaríamos antes do almoço. Ou se saíssemos depois do almoço, teríamos a chance de ver o pôr do sol no mar antes de chegarmos ao destino. E nem precisaria ser horário de verão para isso.

O Brasil às vezes parece maior do que é. Principalmente se você mora no leste do Sudeste. É quase impossível pensar em subir de bicicleta até a Venezuela ou a Colômbia. Porque é muito Brasil para andar. Mais do mesmo, monótono e entediante. PECADO! O Brasil nunca poderia ser classificado com esses adjetivos. Mas ainda assim, não é o mesmo que andar a mesma distância e cruzar, no mínimo, cinco países ao invés de cinco (ou menos) estados.

*Texto escrito em algum lugar no espaço aéreo internacional. 

Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo

pesquisa científica

Enquanto buscava informações sobre encontros científicos em Comunicação me deparei com esse congresso sobre Jornalismo que acontecerá no Rio Grande do Sul.

O 12º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo tem como tema “Pesquisa em Jornalismo para o Século 21: as audiências e a reconfiguração dos sujeitos” e será realizado de 6 a 8 de novembro de 2014 na UNISC (Universidade de Santa Cruz do Sul), em Santa Cruz do Sul (RS).

Aqui para o site da SBPJor


CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR

30 setembro 2014

Música do dia: I miss you love - Silverchair

Depois de mais de um ano sem assistir nenhuma novela, hoje resolvi descansar no sofá e encarar a tal Império da Globo - lógico! Porque novela de outra emissora já seria tortura demais.

Eu exagero - porque na verdade gosto de novela - mas a maneira como a Globo trabalha essas tramas com objetivos escusos me irrita.

BUT... teorias de manipulação de massa à parte, hoje a novela "das 9" (que na minha época era das 8) me trouxe algo de bom: Silverchair. Mais especificamente "Miss you love" que havia se perdido em alguma sala do meu cérebro, ainda no prédio da adolescência.

Coisa linda ouvir essa canção novamente e me sentir transportada para milênios atrás. Me faz lembrar de chuva (será que é por que tem chuva no clip?), cheiro de árvore molhada e de amor platônico. Vontade de sair cantando até perder o ar: "And I miss you looooooooove... And I miss you loooooooove".




09 julho 2014

Sobre a derrota pra Alemanha, no futebol.

Quadriga, Brandenburg Gate, Berlin, Germany


Depois da derrota por 7-1 do Brasil para a Alemanha, eu fui passear com um grupo de meninas e entre elas havia uma alemã. No início, eu e outra brasileira achamos que ficaríamos envergonhadas com os possíveis comentários da moça, mas o tempo passou e até a metade da noite nenhuma palavra foi dita sobre o assunto. 

Achei estranho e perguntei se ela havia assistido o jogo. Ela, claramente constrangida, explicou que começou a ver só no final do primeiro tempo e que não acreditou quando a amiga contou que o placar já estava de 5-0. 

Muito discretamente ela conduziu a conversa para algo como "eu amo os brasileiros, são sempre tão animados". E em seguida: "eu sei que existem muitos alemães no Sul do Brasil". 

De alguma forma isso me surpreendeu. Em um mundo onde as torcidas hostilizam umas as outras e também aos  seus times (quando perdem, é claro), a menina teve uma atitude tão amável. Ela respeitou. Não só com palavras, mas também na forma como se comportou ao dizê-las. 

Sei que nem todos os alemães tiveram um comportamento admirável diante de tão inacreditável resultado. Mas ela teve. Passados os comentários futebolísticos, continuamos nossa noite conversando sobre nossos dias, planos e etc. Estávamos apenas sendo pessoas, com taaaaaaanta coisa diferente uma da outra, mas com algo em comum: ambas não enxergamos o futebol - tão popular no Brasil quanto na Alemanha - como principal fonte de realização e orgulho nacional. Não precisamos disso pra viver. Precisamos é de correr atrás dos nossos sonhos, tentar fazer do mundo um lugar mais habitável e das relações humanas algo mais agradável. 

30 maio 2014

Breve e momentâneo autorretrato

Secrets

Eis o retrato do meu agora: uma babá digitando letras esperançosas em um quarto de porão. A TV está ligada em um volume que mal dá para escutar; os livros descansam na cabeceira da minha cama e o meu caderninho aguarda, como faz todas as noites, o momento de “ouvir” minhas histórias. Porém, hoje decidi conversar com você.

Para não tomar seu tempo, vou logo me resumir: Amo escrever. Amo conhecer. Amo me desafiar. Talvez por isso tenha estudado jornalismo, saído de uma cidade de dois mil habitantes em Minas Gerais para morar na capital do país. Talvez por isso eu tenha trabalho como atendente de padaria, mesmo com curso superior. Penso que esses mesmos motivos me fizeram deixar um emprego estável no Marketing da empresa vencedora do Great Place to Work na América Latina para ser intercambista. Acredito que essas razões me inspiram a continuar em Minnesota, um dos lugares mais frios nos Estados Unidos da América, trabalhando como au pair para poder aprender inglês.

Dou sempre preferência ao que me faz feliz, inclusive na busca pelo pão nosso de cada dia. Mais do que escrever, quero me inspirar e ajudar outros a se inspirarem também. E nada me fará mais realizada do que saber que ajudo a alimentar sonhos, a gerar novas ideias e estimular o espírito inovador.

Termino este breve autorretrato com uma resposta para minha própria pergunta: todos podem contar uma história, todos podem fazê-la caber em quinze ou vinte linhas, mas poucos se sentem como parte dela. Talvez seja esse o segredo.  

07 janeiro 2014

Friaca histórica em Minnesota



"Vanessa, é verdade que está fazendo esse frio todo?" Então, sim, é verdade. A temperatura do vento estava -45 (tanto faz se Celcius ou Fahrenheit porque abaixo de -40 é tudo a mesma coisa) no momento deste print.

O "vortex polar" é a pior onda de frio em 20 anos e, como não poderia ser diferente, o destino fez com que eu morasse aqui justamente durante esse maravilhoso evento da natureza. Obrigada Minnesota por me proporcionar essa ~experiência de vida~ que, com certeza (!), não terei novamente, a não ser que viaje para a Sibéria ou viva até a próxima Era do Gelo.

Ah, e eu tô bem, dentro de casa é quentinho e as aulas foram canceladas :)

05 janeiro 2014

Como são feitos os sapatos da Louis Vuitton


Vídeo sobre o maravilhoso trabalho artesanal de um sapateiro, principalmente de um produto de luxo feito com materiais especiais como este. Encontrei aqui.