Pesquisadores da saúde e até alguns profissionais da comunicação, com uma ideia ainda mistificada do jornalismo diário, tentavam pressionar os palestrantes, o editor-chefe do DF Record, Márcio Motta, e o editor do caderno Brasil do Jornal Correio Braziliense, Leonardo Cavalcanti, com perguntas suavemente hostis e levemente provocadoras. Apesar de suar a camisa, os jornalistas se saíram bem e os cientistas mais esclarecidos sobre a realidade de uma redação.
Leia abaixo a transcrição de algumas falas proferidas durante a oficina:
Sobre matérias telejornalísticas: "O vínculo da população é com repórter e não com a autoridade de saúde. O repórter tem a 'mania' de desqualificar a fala do profissional de saúde. A construção da matéria deve ser feita tendo em vista a informação e orientação das fontes oficiais para que se alcance qualidade e segurança na informação". Comentário tecido por um oficineiro.
Sobre relacionamento mídia e poder público: "A imprensa precisa destacar o lado positivo da notícia, ou as boas notícias. Os jornalista precisam parar de brincar de mocinho e bandido com o poder público". Marcos Capitani, Secretaria de Saúde.
"Existem os pontos positivos na saúde pública, mas também existe o sofrimento da sociedade". Márcio Motta, TV Record.
"O poder público tem uma equipe de Assessoria de Comunicação muito grande e profissionalizada. A mídia tradicional não tem o papel de divulgar 'agenda positiva', mas de fiscalizar a máquina e atender a necessidade de informação da sociedade". Leonardo Cavalcanti, editor do caderno Brasil do Correio Braziliense.
Sobre a cobertura do caso H1N1: "As informações eram imprecisas e tínhamos dificuldade para apurar. Na hora que tudo está acontecendo a gente não consegue pensar. Os fatos atropelam a gente. Isso é horrível". Márcio Motta, TV Record.
Amanhã tem mais seminário. Acompanhe ao vivo pela internet no site www.saude.gov.br/emtemporeal
Outras informações no site da FRIOCRUZ http://www.fiocruz.br/fiocruzbrasilia
Vanessa Sezini
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